A visão/teologia necessária para tornar possível uma Aliança de Civilizações e de Religiões para o bem comum da humanidade e a vida no planeta
- As religiões são uma riqueza inestimável para a humanidade, porque têm um caráter transcendente e respiram uma presença divina: são expressão da necessidade de transcendência, da busca do sentido para a vida humana, da veneração do sagrado, da experiência espiritual e mística. Por meio de tudo isso, em suas múltiplas e inesgotáveis expressões, manifesta-se a presença desse Mistério que os povos invocaram nelas com diversos nomes.
- As religiões também são obras humanas, elaboradas pelos diversos povos com o melhor de si mesmos, mas, ao mesmo tempo, com suas limitações humanas, com suas perspectivas limitadas e seus próprios pecados de ambição, de poder, de etnocentrismo. Não devemos idolatrar as religiões, nem dar-lhes um poder ou uma credibilidade absoluta, mas sim assumi-las com uma benevolência responsável, crítica e compreensiva.
- As religiões também são obras culturais, com todas as características da cultura, que reflete a idiossincrasia peculiar de cada povo, sua identidade irrepetível, sua linguagem intraduzível, suas categorias próprias e incomensuráveis. E, ao mesmo tempo, são expressão da grandeza da alma humana, com idênticas e profundas necessidades em cada coração humano.
- Todas as religiões são verdadeiras enquanto pretender ser caminhos de realização da dimensão profunda do ser humano. E, ao mesmo tempo, têm algo de falsidade ou cometeram erros, enquanto pretenderam dominar as consciências e impôr-se aos povos por acreditarem-se superiores. Ou desprezaram as demais por acreditarem-se superiores.
- A Divindade saiu ao encontro de todos os povos, em muitas ocasiões e de múltiplas formas. Toda essa pluralidade, verdadeira biodiversidade religiosa, reflete a irrepreensível riqueza da profundidade espiritual humana. Ela deve ser valorizada, agradecida, protegida e conservada. A convivência respeitosa e fraterna das religiões entre si leva a um enriquecimento mútuo e a um melhor serviço à Humanidade, às qual, em definitivo, querem servir.
- As religiões devem assumir a Regra de ouro na qual praticamente todas elas coincidem: "Trata os demais como queres que os demais te tratem". Com essa Regra internamente assentida, as religiões devem se encher de ternura e de misericórdia para com toda a Humanidade, para depôr toda atitude de prepotência, domínio e divisão, e colaborar com todas as suas forças para construir uma Paz profunda e estável entre os seres humanos e a natureza, que atualmente corre um grave risco em sua estabilidade.
- Essa Regra de ouro deve ser aplicada igualmente ao resto da vida e da natureza neste planeta, não considerando-nos seus donos, nem agir irresponsavelmente como depredadores insensatos que destroem o próprio nicho biológico em que habitam. Somos fruto e parte dessa prodigiosa Natureza, da qual surgimos de dentro e de baixo. E, neste momento, em que já não cabe duvidar de que a nossa espécie está pondo em perigo iminente a sua própria continuidade e a da vida em geral, as religiões têm que se unir para unir também toda a Humanidade na maravilhosa e urgente missão de salvar o planeta e evitar a autoextinção na que nos colocamos.
- Depois de milênios de caminhar sozinhas, cada uma em seu vale, cantando louvores à Divindade, as religiões, que saíram agora de seu vale e se encontraram com as demais na planície da atual mundialização, devem se irmanar em um mesmo e multiforme canto de louvor e em uma sincera e irreversível aliança de civilizações e religiões em favor do planeta, da vida, do amor, da justiça e da paz.
Só com uma tal visão será possível caminhar à altura das exigências morais e espirituais desta hora. Não há nada mais urgente que as religiões possam oferecer hoje à Humanidade, para a Paz-Shalom-Shalam do mundo. A EATWOT assume como própria essa visão.
FONTE: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=39091
Bem Vindo a um pedacinho do céu!
Pinto Bandeira é uma cidade hospitaleira, berço do primeiro Santuario Mariano do Rio Grande do Sul. Conhecida por produzir inúmeras frutas como pêssego, kiwi, ameixa... e uva, com a qual se fabrica o melhor Vinho de Montanha. A tradição Italiana convive em harmonia com os descendentes de outras etnias que pra cá migraram em busca da tão sonhada "cucagna" a Terra aonde jorra o leite e o mel.
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