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Pinto Bandeira é uma cidade hospitaleira, berço do primeiro Santuario Mariano do Rio Grande do Sul. Conhecida por produzir inúmeras frutas como pêssego, kiwi, ameixa... e uva, com a qual se fabrica o melhor Vinho de Montanha. A tradição Italiana convive em harmonia com os descendentes de outras etnias que pra cá migraram em busca da tão sonhada "cucagna" a Terra aonde jorra o leite e o mel.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

''Anúncio de Bento XVI é um passo revolucionário'', afirma teólogo


Andrés Torres Queiruga, um dos teólogos espanhóis mais conhecidos, afirma que Bento XVI admitindo “em alguns casos” o uso do preservativo, “deu o passo mais corajoso desde que foi eleito Papa”.

O teólogo concedeu uma entrevista ao jornal Faro de Vigo, 23-11-2010. A tradução é da IHU On-Line.

Eis a entrevista.

Qual é a interpretação que o senhor dá do anúncio de Bento XVI autorizando o uso do preservativo em determinados casos?


Do ponto de vista teológico da comunidade eclesial, é algo bastante evidente. Mas, admitindo a tradição oficial da Igreja supõe um passo revolucionário. É o passo mais corajoso que o Papa deu desde que é Papa. No entanto, é uma pena que chamem a atenção suas declarações no terreno da moral, que eu considero mais anedótico, do que questões muito mais profundas e religiosas.

Diferentes entidades e pessoas criticaram os últimos papas que condenaram o uso do preservativo tendo em conta as doenças como a AIDS. O anúncio de Ratzinger pode abrir um pouco mais as mentes?

Evidentemente. O atual Papa rompe um princípio tradicional permitindo o uso do preservativo, no momento referindo-se a prostitutas. Mas é óbvio que se aplicará também à doença, ao perigo de morte como já o reconheceram muitos teólogos, alguns bispos e muitos missionários.

Contudo, é preciso ler as entrelinhas das declarações de Bento XVI.

Nas suas declarações, põe um matiz importante: não basta se contentar com o preservativo. Para o Papa, há uma cultura do sexo que é preciso educar. Não basta o preservativo se se segue fomentando uma libertinagem sexual. A ênfase no preservativo não pode suprir a falta de uma educação moral e de uma sexualidade responsável e humanizadora.

Com este passo, a Igreja começará a se aproximar da sociedade?

A Igreja já está se aproximando há mais tempo. Desde o Concílio, existe um movimento importante para se aproximar. Não é possível negar que houve e há um freio oficial neste movimento. Mas, repito, o avanço é inquestionável. Este anúncio do Papa é um pequeno passo, mas uma prova exclente.

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